sábado, 27 de dezembro de 2008

Quero ir...


Vem,
inunda-me
agita-me
trespassa-me
leva-me
e não me tragas de volta,
quero ir...
Deslumbra-me
nas tuas melodias sempre novas
encanta-me nesses prados
onde o sol vem beijar
a frescura do campo
e parte
sorrateiramente...
E , eu sento-me
quieta, sossegada
a ouvir-te...
Silêncio
que me preenches
que me levas e
não me trazes...

domingo, 21 de dezembro de 2008

A luz na escuridão...


Estavas a meu lado
E fez-se noite
de repente
A música
Desinquietou os corações
Bateram mais forte
Pulsações fora de ritmo
Interrogações...


Mas...
Já devias saber
Que comigo tudo
E imprevisível
Que gosto de pintar
O mundo
Com as cores
Que vão cá dentro
Que do nada
Gosto de fazer tudo
E...
Ser assim...
Apenas...


Mas...
Na escuridão
Há sempre uma luz
E ela apareceu
Extasiando os corações
Deixando mil exclamações
Para marcar o momento...
E tu
E eu...
Lado a lado

Foto - Desconheço Autor

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Sorriso de menino!



Guardas no teu sorriso
A candura de menino
Quando brincavas na terra
E chapinhavas na água

No tempo em que o tempo
Passava devagarinho
Entre um beijo
E um abraço de mãe!

Cresceste, menino
Mas o teu sorriso
Continua a falar
Desse tempo
Feito pedacinhos de amor
Que hoje continuas
a espalhar no
Teu sorriso de menino
Que tem saudades do mar
mas..
encontraste outros mares
e continuas mar dentro
com o teu sorriso de menino...

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Deixa-te ficar II

Deixa-te ficar
Deixa
Deixa...
Tu és a minha liberdade
Solta no mundo
Os passos que eu não posso dar
Vejo-te reflectido nas águas
No sol
No perfume das flores
Nos pássaros que voam livres
E eu
Vou com eles
Seguindo o teu trilho
Nas asas da saudade...


quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Sai de mim...


Sai de mim
E encontrei-me
No meu silêncio
Na quietude apaziguada
senti-me leve,
livre e liberta
subi mais um pouco
em mim
mas fora de mim
onde não há tempo
nem espaço
nem lágrimas
nem dor
apenas paz
e luz
que me invadiu
e me levou
para longe…
Ainda...
olhei para trás,
não queria voltar…
mas voltei,
e guardei em mim
os silêncios
que hão-de perpetuar-se
no silêncio de mim...

Deixa-te ficar!


Deixa-te ficar
Revejo-me no teu sorriso
Leio-me nas tuas palavras
Sinto-me
Quando te sentes
Choro-te
Quando te ausentas
E eu
Singela em mim
Furto o tempo do tempo
E desenho-te
No espaço que
Não é meu
Nem teu
mas, sinto-te nele
Como se nunca
tivesses partido
e continuo a ler-te
e a ler-me
em cada amanhecer...

Terra molhada...

Piso com os meus pés
A terra molhada
nas pradarias do destino
rodopio
numa dança sem fim
pinto em mim
a saudade
a esperança
de ser
de querer
ser criança
antes do amanhecer
até ao entardecer
e depois do anoitecer
serei eu
sempre e apenas eu
e continuo sulcando
o caminho
na terra molhada...




terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Equilibro-me...

Equilibro-me no silêncio

deslumbro-me nele

e fico em mim

extasiada

sentada

no limiar da minha alma

para te escutar

desgasto as emoções,

esvazio-me

ouço as palavras

que já não têm som

e eu continuo

sentada

no limiar da minha alma

a escutar-te

nesse silêncio

da noite

do luar

das palavras sem som

que ecoam

por entre os fios invisiveis

do silêncio...

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Deixo-me...


Deixo-me colorir
pelos dias
dou aos dias a cor
que flutua
que deslaça
o sentimento
de ser
de estar
de me encontrar
quando me perco
para lá de mim
quando parto de mim
sem nunca mais
me encontrar,
porque eu...
existo
num tempo
e num espaço
que não é meu...

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Ó noite...



Ó noite das feras
das aves nocturnas
dos silêncios propagados
por entre o limiar
ardente do silêncio

Ó noite...
deixa-me entrar em ti
quero ser noite
e silêncio
quero ter as feras, as aves
e o silêncio
para mim...


Quero anular-me
envolver-me
no manto escuro
adormecer
nos teus braços gelados
e desafiar o medo...


Sentir
que sou e não sou
que tenho armas
e não tenho
que tenho ser
e não tenho poder...

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Silêncio...

Deixa-me ficar a ouvir-te
parada,
quieta
descalça
como se não houvessse
mais chão
nem ar
nem pássaros a voar
ou flores a nascer...

Deixa-me ficar a ouvir-te
nesse sussurro intemporal
que me preenche
Ó Silêncio...
silêncio de silêncios
na madrugada gelada
que perpetuam a tua voz
de silêncio...


segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Mil palavras...

Mil palavras...
não chegam para
te contar
a minha felicidade

Mil palavras ...
não chegam
para te dizer como
alterei o mundo
anulei o espaço
e o tempo
e te trouxe até mim
naquele momento sagrado
em que até os astros
fizeram festa!

Mil palavras...
perderiam o som
perto do som
do sentimento
daquele momento...

Mil palavras
serão muitas
mas só uma
te pode dizer o que sinto...
A M O -T E!


domingo, 7 de dezembro de 2008

Guarda-o!


Guarda o abraço
esse que te dei
naquele momento sagrado!
Como se não houvesse
mais mundo
sorrimos num abraço
das palavras
verdadeiras
partilhadas
pelo calor desse abraço,
que guardo
envolto nas palavras
envolto no meu mar
que fico
a ouvir
devagar
devagarinho,
como se o tempo
não o pudesse levar
e a memória jamais
apagar...


Foto - Descohneço Autor

Anda Sonhador!

 

Nós dois,
sonhadores
perfilados
lado a lado.

O sonho era meu
mas tu sorriste para ele
sei que o amaste
com a mesma doçura
que o amarias
se ele fosse teu


Anda sonhador
alquimista da vida...
arquietcto do sentir,
pintor das emoções...
vamos continuar
a sonhar o mundo
a escalar montanhas
a tirar as máscaras...


E a mostrar ao mundo,
que somos sonhadores!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Nos meus silêncios...



No veleiro
Vou...
desprendendo-me
Ao sabor do vento
Aqui forte
E ali fraco


Iço-me no silêncio
Na calmaria
Que se estende
E perco-me de mim
Ao encontrar o silêncio


Que me invade
Lá longe
Onde só oiço silêncios
E as vozes se apagam


E eu
abandonada
Nos meus silêncios
Lanço ao mar
A rota que me trará de volta...

Foto - Desconheço Autor

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Elos que se unem...


Acorrentada nos estribos
Secretos de mim própria,
Na pequenez ínfima
Que me dizima
Não sou nada.
Despida de mim
Entregue
Á imensidão apenas
De ser,
De sentires ignóbeis,
Primários
Onde os artefactos
Pouco importam...
Percorro os caminhos
Da minha alma
E neles encontro
Os elos que me ligam
Que se ligam
E me fazem emergir
E sustentar o mundo
Na palma da minha mão,
Quando as correntes
Se desprendem
E caem por terra
Desamparadas...
enquanto
os elos se unem!

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Beijo de outono

A praia fica deserta
e por entre a brisa
sinto o salpicar
das folhas,
que se agitam
quando o vento
forte e fraco
me embala...
sob o sol morno
das tardes
feitas pedaços de luz,
quando o sol se despede
mais cedo
por entre os tons dourados
que vão povoando os caminhos
e o mar embriagado de saudade
vem deixar-me
este beijo de outono...

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Do medo...

O medo escorria
entre cada pedaço de mim,
alterava o meu ser
anulava-o
transformava-o,
as vozes gritavam em surdina
num balbuciar que me atormentava
e eu ficava parada,
quieta
em mim
deixando o medo invadir-me
sentia-o cortar a minha alma,
invadir todos os meus poros
alastrar por entre os meus pensamentos...
mas...
chegaste...
nas palavras trazias a luz
para eu ver
calaste as vozes,
para que te ouvisse
sacudiste o meu ser
e eu...deixei
e...parti...
sem medo...
nas asas da liberdade...

sábado, 23 de agosto de 2008

Descalça

(Foto Paulo Jorge)


Tiro os sapatos
e descalça piso o chão
e passeio-me
por entre a areia
que o sol entrecruza
e sinto
que so descalça
me sinto bem
descalça
não tenho nada
descalça parto
e não olho para trás...
porque tenho o que é meu
e um chão para caminhar...



terça-feira, 22 de julho de 2008

Tesouro...



No tempo guardei os nadas
Que pelo tempo
se transformaram
Em tesouros
São meus
São teus
São de quem os souber guardar
Naquela caixinha forte
E frágil,
Mas que os guarda
Que os transforma
sem nunca os perder...

No tempo aprendi que um sorriso
Vale mais que um diamante
E uma esmeralda
Menos que uma palavra,
E duas mãos unidas
muito mais que o ouro...

E o amor é pintado
Nos corações...
Tem o brilho dos diamantes
O som das esmeraldas
E os reflexos do ouro,
Mas...
Só o amor tem
A felicidade do amor!

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Procuro-me


Procuro-me no meio da loucura

Das paredes brancas de cal

No sobressalto incessante

De ser, estar e existir...

Sinto-me a vasculhar

A minha alma rosácea

E encontro as raízes

Do meu ser,

No grito ininterrupto

Do meu sentir

Sem método

Sinto-me emergir

De mim própria

E o corpo abandonado

Sai do lodo

Que se transforma

Em água

E ao longe o mar

Entrecortado pela montanha

Em forma de cotovelo

Que deixa passar

Os últimos raios de sol...

E de novo me procuro

E me encontro...

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Escutei o silêncio...


Escutei o silêncio
dos teus passos
que pisavam o chão
em silêncio...
E do silêncio
retiravam o silêncio
do caminhar
sob o céu azul
a água limpida
que deslizava silenciosa
na natureza imensa
tudo silenciava
nos passos do teu caminhar
Fiquei a escutar
como uma balada
feita pedaços de silêncio
que eu ouvia
no deslizar do meu mar
que se fez silêncio
ao te escutar!

domingo, 15 de junho de 2008

Menino...


Menino sorriso
no tempo
em que o tempo
era e não era
aprendeste a sorrir
Menino doçura
dos passeios no campo
do chapinhar na água
do caminhar
sem ter pressa de voltar
Menino meiguice
do colinho da mamã
do sol de inverno
e das noites á lareira...

Menino lindo
que cresceste
no tempo
que o tempo trouxe
guardas no sorriso
a meiguice de criança
e no olhar a doçura
das manhãs de primavera
quando a saudade
se faz presente
do tempo de ser...Menino

domingo, 25 de maio de 2008

Sentir...Azul

Sentada no alpendre
Vislumbro o céu na manhã
Que se entrecorta
Com o azul do mar
E se mistura com oAzul da tapeçaria
Onde repouso
os meus pensamentos...
o orvalho desliza
por entre as rosas feito canção...
Pego na pena
Para escrever,
Mas...Desenho a silhueta
De uma criança
Da criança que fui
E sinto a minha vulnerabilidade
Que tento afastar
E outro esboço,
Entre o limite
E o âmbiguo
Desenho a morte
E risco...Não vou morrer ainda...
E fito o mar
Que me leva…e eleva
Conselheiro de tantos momentos
E sinto a obstrução
Dos meus pensamentos
Que voltam a repousar
Nos azuis à minha volta
E uma paz me invade
Elevada ao exponente máximo
De calma e tranquilidade
Enquanto
O mar calmo, imenso
Continua a desenhar o azul
De calma, de ser
e existir...De mim...

terça-feira, 20 de maio de 2008

Lágrimas...


Lágrimas
que te vão no pensamento
que escorrem por vezes
por entre o teu sorriso feito luz
feito pedaços de ti...
Elas vêm devagarinho
desamparadas
anunciando
uma dor...
que mais não é
que saudade...
E caem
sem pressa de serem
sem intuito de ficarem
lágrimas apenas...
Num grito mudo
que se liberta
e tu voltas
como se nunca tivesses ido
embarcado
nas lágrimas que se fizeram...

sábado, 17 de maio de 2008

Meme

Eis a minha resposta ao desafio do Eremita:
Com 6 palavras criar um "meme"
“A nossa biografia/memórias em apenas seis palavras”

O que nos é pedido:.
Com seis palavras escrever uma "muito curta" biografia ou conceito...
Podemos dar-lhes ênfase com uma imagem.
O que devemos também fazer:
1. Colocar um link para o/a desafiador/a;
2. Desafiar cinco blogues;
3. Deixar-lhes aviso para fazerem o mesmo.
Eu vou indicar:

terça-feira, 13 de maio de 2008

Do tempo...


E fico quieta

parada de mim

e em mim

no tempo que desliza

suavemente

que se escapa

que não agarro

por entre os fios

invisiveis

e indivisos

do meu ser

quero agarrar

esse tempo

que insiste

em se desprender

por entre o sol

passageiro

da saudade...

terça-feira, 6 de maio de 2008

Nas tuas mãos...

No eco escuro e sombrio
onde os gritos
se apagam
amordaçados
e o delírio
se faz verdade
mesmo antes de o ser
eis que chegas
com a Primavera no sorriso,
nos olhos a cor da luz
e nas mãos o carinho,
o conforto, o amor
que dás,
que transpira de ti
que fazes acontecer,
e sinto as tuas mãos
que me protegem do mundo
e me fazem acreditar
que o mundo terá as cores
do teu sorriso,
da tua ternura,
da paz do teu olhar
feito conto de criança
que lês para me embalar...



domingo, 27 de abril de 2008

Breve Viagem...



Era quase noite
E o sol desenhava
No horizonte
Uma linha ténue envolvente
Enquanto a sombra
Descia e me acariciava
E eu sentada
No degrau da escada
Deleitando-me...


E...sem pedir licença
Embarcava numa viagem
Que me levava
E me trazia...


O cheiro das flores...
Ia perfumando o meu mar
E á minha volta as crianças sorriam
Traziam a caixa dos seus sonhos
Que abriram para eu ver...


Era a vida
Feita sorrisos
Lambuzados de chocolate
Nos rostos inocentes de
Ser criança...

Foto - Alex -

quarta-feira, 16 de abril de 2008

O Mar...


Hoje um mar diferente
Um mar em fúria
Avassalador
Fico olhando-o
Mas, hoje não me apazigua,
a minha tristeza vai sulcando
erodido em mim
A solidão

E eu...
Amortecida
Percorro a distância
Que vai do
céu
Que já não é azul
Ao farol
Que o mar hoje não quer ver...

E eu...
No imenso distanciamento
Que sinto entre mim e o meu mar
Deixo-me trespassar
pela fusão
Da sua fúria em mim..
Mas avanço
Hoje sou eu
Que vou acalmar o meu mar,
E vou comungar da sua dor,
Até que a tempestade se vá...

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Mansão do silêncio...



Na mansão do silêncio
Oiço a minha voz interior
Encontro-me comigo
Dispo-me de mim
E sinto-me flutuar
Silenciar
Na linha ténue do silêncio
Que vai e volta
Como uma balada que perdura
Feita silêncio de silêncios
Que escorre pelas paredes da mansão…

Arrisco os meus passos silenciosos
Que desenham uma dança
Feita gotas de silencio
E eu...
Paro...
Silenciosamente
adormeço de mim
Mas...
Desperto com o som do silêncio
Que me inunda
Que silencia em mim
Todas as vozes
Para ouvir o silêncio
Feito pedaços de luz
Que me iluminam
Na mansão do silêncio...


sexta-feira, 4 de abril de 2008

Grãos de areia...

Desalinhei o tempo
No tempo perdido
que não encontrei
Grãos de areia
que escorrem
Por entre a minha mão
Ainda entreaberta
Onde paira o amor
Na palma da minha mão...
Ainda que a feche
O amor continua a escorrer
Como o tempo
Nos grãos de areia
Que se juntam
enquanto caem...

segunda-feira, 10 de março de 2008

A tua Melodia...

Acerto o compasso do tempo
e escuto...
no silêncio
Escuto, uma vez e outra...
Sinto na melodia
o eco profundo da paz,
e continuo a ouvir,
a melodia que comove
que vem de ti
porque é tua
composta com a tua vida
com as notas do teu coração
e fico a ouvir
como se fosse sempre
a primeira vez...

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Chove...

Cai a chuva
Lenta, lenta, lenta
Deslumbrante
A areia vai sulcando
Devagar
Devagarinho
Sem pressa
De haver tempo
Porque o tempo
Perdido e achado
Na areia se some
Na areia se gasta
E se liberta
E me liberta
do tempo sem tempo
Enquanto
Numa vaga e outra
O mar alinha
o compasso do sentir!


quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Passos lentos...


Passos lentos
De uma dança
Que fico dançando
No deambular sereno
Da minha inquietude
turbilhão que me invade
E danço
Sei que virás
Resgatar o meu temor
E deixo a fogueira arder
Arder até se gastar
Sem pressa
Enquanto marco
A passos lentos
O ritmo inquietante
De ser
De estar
Ausência que se anuncia
Presença que se sente
E fico
Entregue aos passos
De uma dança
Descalça na areia molhada
Quando o sol se foi
e a noite beijou o mar…

Foto - Desconheço Autor

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Sublime...




Fiquei parada
naquele silêncio
Inundado de palavras
Que pouco a pouco ia
Trespassando a minha alma
E escavando o meu coração
Criando novos recônditos,
E o meu ser dividia-se de mim
Estilhava-se para fora
Subdivida-se para dentro...


Eu...reduzi-me
A mil pedaços
de alma e coração
Entregues
Ao nobre Momento
Que me sublimava
e me fazia perder de mim
depurando cada emoção
cada filamento de mim própria...
... equilibrava-me
naquela leveza de sentir...


Depois desci....
Juntei tudo,
Guardei
Arrumei...
Tinha recebido um tesouro...
Nada me pertencia
E tudo era meu...


Foto - Desconheço Autor




quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Para ti...



Era verão
E o sussurrar das ondas
Confundia-se
Com o sussurrar do teu sorriso,
Das tuas palavras,
Que falavam de adeus,
De um adeus,
Que seria sempre
Um até já
Um até sempre...


Guardei aquele momento
Em mim,
Gravei-o
no mais profundo do meu sentir
Igualei-o ao cenário
Que era lindo,
E as palavras verdadeiras
Transfiguraram-se
Naquele sentimento único,
imenso
E verdadeiro,
Que nem o mar
Conseguiu absorver
Nem o vento levar,
Nem o tempo esfumar
E ficou...ficou
...em mim...para ti...


Foto - Fátima

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

E...Renova-me...

No laço ininterrupto do silêncio
Que se firma
Que se desvela
No ocaso
Fico sozinha
Flutuando em mim
Deixando-me colorir
Pelos traços dourados
De um crepúsculo
Que adormece o sol
E me desperta...

Para buscar em mim
As cores silenciosas
Que inundam a noite
E todo o meu ser
Descansa num frenesim
Feito silencio...
Silêncio de silêncios
Que gravam em mim
Que vagueiam em mim
E aí permanecem...
Até que o novo sol nasça,
Como antes,
Mas sempre novo
Renovado e silencioso....