segunda-feira, 30 de abril de 2007

Encontrarei...

No mar encontrarei
sempre
tudo aquilo que busco
nos outros
e não encontro,
o mar secará sempre as minhas lágrimas
calará as minhas angustias
consolara-me,
quando mais ninguém
tiver um ombro para eu chorar,
se quiser chorar,
o mar será todo ouvidos
para eu falar,
falar até gastar as palavras,
se eu quiser falar,
e ficará em silêncio
para mim,
se eu perder as palavras...


Será também a festa
que para mim faz,
quando estou feliz
quando sorrio
sem razão,
ele estende os braços
para mim,
dança e canta comigo
até ao amanhecer!


No mar me perco
e no mar me encontro,
refugio de todas as horas!

Foto - António M.Jorge

domingo, 15 de abril de 2007

Levo as rosas...



Hoje quero esconder os meus olhos
do mundo
não quero ve-lo,
e muito menos que ele me veja,
o coração sangra,
as lágrimas escorrem,
ainda oiço as tuas palavras,
repetidas no meu ouvido,
ferindo-me,
mas, continuo
a lutar,
e amanhã passará,
e vou guardando
nas mãos
as rosas...
serão elas a única lembrança
do mundo,
e ficarei assim
até que o mundo desista
de prepassar os meus
passos
de colocar pedras nas minhas
mãos
só quero as rosas,
e se morrer
quero levá-las comigo...

terça-feira, 10 de abril de 2007

Voltei!


Foram dias de simplicidade,
De alegria,
De esquecer-me do mundo,
De fazer da terra a minha
Companhia
E dos campos, o jardim
Da minha vida...

Foram dias de paz,
De aconchego da mãe natureza,
Dias lindos,
Que guardo em mim,
Mas voltei...
Dei um abraço ao campo,
E ofereci-lhe uma lágrima,
Uma saudade anunciada...

Do outro lado da vida,
De braços abertos,
Me esperava ...o mar

O meu mar...
O companheiro de tantas viagens,
O amigo de todas as horas,
A mais bela balada,
Que alguma vez ouvi!