O velho piano
ainda toca,
consegues ouvi-lo?
Outrora tocava melodias
ininterruptas
de amor,
que nos faziam sonhar...
Depois o silêncio
foi a partitura
que preencheu
aquele velho piano,
abandonado,
esquecido...
Hoje
volta a tocar!
As partituras
são novas,
no velho piano...
como novos são
os sentimentos,
que se misturam
com as notas
feridas,
na balada
sempre nova
que componho
em cada dia...
Foto de - Yein -
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
A ponte...
Sabias que eu voltaria
àquele lugar,
onde um dia deixei
um pedaço de mim...
Por isso
preparaste tudo,
pintaste a ponte
da cor dos meus sonhos
para que passasse,
mas, eu...
Não passei…
Não passei…
A ponte toca
as duas margens,
as duas margens,
é uma passagem...
E eu não quero passar
não quero tocar
a outra margem
a outra margem
está escuro e frio...
Por isso permaneço em mim,
resgatei o meu pedaço
e parti...
resgatei o meu pedaço
e parti...
Inundada de luz...
Foto de - Yein
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Para mim...
Paraste o mundo
sossegaste-o,
para poderes pinta-lo
para mim...
Na natureza quieta
no quadro vivo
que desenhaste,
na balada
que compuseste...
Tu és um alquimista
e eu...
peregrina
dos teus caminhos,
sempre novos
e tranquilos,
ecos do silêncio
do teu e meu coração
que se perdeu no tempo
e que se hão-de encontrar
um dia
no silêncio...Dos corações...
Foto - António Soares
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Suave Paz...
Levaste-me
para as terras geladas
e eu fui,
levaste-me
e não me trouxeste,
por isso fiquei...
Ancorei a minha alma
nas pradarias do silêncio,
e o meu coração
nos sentimentos puros,
brancos e intactos
da neve...
Pura e branca,
suave paz
que me preenche
e embala
na balada
sempre nova
que passei a ouvir
em cada dia...
Quando o silêncio azul
se mistura com o branco
silencioso da neve...
Foto - yein
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Mar...
Mar de sonhos,
de todas as ilusões,
tu...Forte
eu...Franca,
mas liberta...
Mar que me levaste
e nunca mais me trouxeste...
Mar que te escuto,
mar que me ouves,
mar onde me revejo
e te vejo...
Mar de marfim,
das noites longas,
em que fico a escutar-te
em surdina,
e em que apaziguas
a minh'alma
perdida e encontrada
entre uma vaga e outra...
Foto de - António Soares
Obrigado António!
de todas as ilusões,
tu...Forte
eu...Franca,
mas liberta...
Mar que me levaste
e nunca mais me trouxeste...
Mar que te escuto,
mar que me ouves,
mar onde me revejo
e te vejo...
Mar de marfim,
das noites longas,
em que fico a escutar-te
em surdina,
e em que apaziguas
a minh'alma
perdida e encontrada
entre uma vaga e outra...
Foto de - António Soares
Obrigado António!
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Caminho...
Restou o caminho,
restou o silêncio
que perdura nele,
restaram
os ecos silenciosos
de um caminho
feito pedaços
de ternura
envoltos em saudades...
Restou o caminho
prateado,
salpicado,
adornado
de silêncio...
Restou o caminho...
para eu passar,
para me iluminar,
me sossegar, e
para me conduzir
á luz!
Foto de Nuno Santos
Obrigado Nuno, está excelente!
restou o silêncio
que perdura nele,
restaram
os ecos silenciosos
de um caminho
feito pedaços
de ternura
envoltos em saudades...
Restou o caminho
prateado,
salpicado,
adornado
de silêncio...
Restou o caminho...
para eu passar,
para me iluminar,
me sossegar, e
para me conduzir
á luz!
Foto de Nuno Santos
Obrigado Nuno, está excelente!
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
A porta entreaberta...
A porta entreaberta,
no limiar do tempo,
que passou,
que levou e trouxe
que escureceu e
que brilhou...
Mas, a porta...
Ainda permanece
entreaberta...
Ninguém ousou fechar
e eu também não...
Lá dentro as memórias
passadas,
esquecidas,
doridas,
pelo tempo,
quase mortas,
mas não esquecidas...
A porta entreaberta
ficou,
qual memorial
de sentimentos,
que o tempo escureceu,
desgastou,
cicatrizou,
mas não levou...
Foto de - Nuno Santos
Obrigado Nuno, pelo excelente trabalho.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Metade de mim...
Metade de mim
sou eu
e a outra não sei...
Metade de mim
é fogo
e a outra água,
é chão,
e terra,
caminhos por descobrir...
Metade de mim
é tristeza,
e a outra alegria sem fim.
Metade de mim
é chuva
e a outra o sol que renasce.
Metade de mim é revolta,
mas a outra é paz que fica...
Metade de mim já partiu
e a outra metade
procuro-a
nas sombras desgastadas,
das memórias perdidas...
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Equilibro-me...
Equilibro-me em mim
numa dança fugaz,
na natureza quieta
absorta,
na minha dança...
Desenho o horizonte
segundo a minha vontade,
calo os ruídos,
as vozes
e o mundo.
Desenho o sol, o mar,
o riso e a lágrima
mas em silêncio...
Silêncio tecido,
urdido lá longe...
no espaço singular
e silencioso
do meu coração...
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
o tempo...
Louco o tempo
perdido na memória,
nas formas estranhas
de tudo equilibrar...
Mas,
já não há memórias,
por isso se perderam
as formas...
E agora
tudo é possível
de novo...
Mas de uma forma nova,
mil maneiras
de fazer as coisas
de novo,
sem repetir,
sem prever,
que o tempo
ai! o tempo
esse é sempre louco...
Foto - Yein
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Caminhos de silêncio...
Longo o caminho,
longa a miragem,
longas as palavras
que agora vazias
perderam
o som
o sentido
o valor...
Longo o tempo
em que o eco das palavras
ainda se ouvia
atrás das montanhas,
num sussurrar enigmático
que acariciava os sentidos...
Hoje...
Longo o silêncio,
longo o caminho,
longa a serenidade
de uma quietude
que me apaziagua a alma,
e que fica
nos caminhos de SILÊNCIO...
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Parei o tempo...
nos intervalos sinuosos
da memória rasgada,
entrecortada
pelos segundos,
agora parados
de um tempo sem limites
porque já não há tempo...
Uma breve brisa
afaga a minha vontade
de viver
fora do tempo
no mundo etéro
pintado por mim
e para mim...
Não tenho pressa,
agora o mundo
anda devagarinho,
e eu,
comando os segundos,
agora parados
na vaga memória
de um momento...
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