sexta-feira, 27 de junho de 2008

Procuro-me


Procuro-me no meio da loucura

Das paredes brancas de cal

No sobressalto incessante

De ser, estar e existir...

Sinto-me a vasculhar

A minha alma rosácea

E encontro as raízes

Do meu ser,

No grito ininterrupto

Do meu sentir

Sem método

Sinto-me emergir

De mim própria

E o corpo abandonado

Sai do lodo

Que se transforma

Em água

E ao longe o mar

Entrecortado pela montanha

Em forma de cotovelo

Que deixa passar

Os últimos raios de sol...

E de novo me procuro

E me encontro...

6 comentários:

Anônimo disse...

Também eu te procuro e não te encontro. A menos que deixes por aqui o teu e-mail. É um disparate andares perdida. Voltarei para saber de ti.
Romeu.

Mente inquieta disse...

Achei seu blog procurando uma imagem para a minha primera postagem!
Passarei por aqui mais vezes.
Vejo que compartilhamos alguns sentimentos.

Sol da meia noite disse...

Eu penso que a vida é a constante procura.
Perdemo-nos facilmente. Basta pensarmos que amanhã já não somos mais estes que somos hoje, porque a mutação é constante.

Gostei da sinceridade das palavras.

Beijinho *

Fá menor disse...

Vinda do Eremitério,
passei para te conhecer.

Que nos possamos sempre encontrar quando nos procuramos.

Beijinhos

Marili Alves disse...

Linda mensagem
Excelente semana

Sei que existes disse...

Excelente poema dos teus encontros e desencontros contigo própria...
Beijocas grandes