
hoje e amanhã,
e mais um dia e outro,
ter como espelho o riacho,
esquecer os sapatos
em casa
e passear por entre as ervas
que amanhecem
a primavera!
Ao longe oiço os animais
que se alimentam destes prados,
e os seus guardadores,
contam-me histórias,
e eu fico quieta a ouvi-los,
não têm nada e têm tudo,
pois guardam lá dentro
o segredo do amor!
Falam-me do sol,
da chuva, das neves e da
vida, que gira
em volta do nada...
Aqui, neste mundo,
não há nada,
mas existe tudo!