sexta-feira, 23 de julho de 2010

Eu, já não sou eu...


Junto os pedaços do meu rosto
e
eu já não sou eu
procuro em vão 
a imagem perdida
desgastada pelo tempo...


Hoje,
apenas resta
um pouco do que fui
na parte visível de mim,
mil cicatrizes 
entreabertas 
no espaço longo 
da memória
dorida, sofrida,
que passa e não passa...


Mas,
intacta, 
como no primeiro dia
permanece a minh'alma
povoada de cascatas,
de sons de harpa,
de risos de crianças,
de pureza 
por descobrir...



Um comentário:

Carlos Gonçalves disse...

Querida, bela como sempre a tua poesia, o sentir das tuas palavras!
Tu, minha querida, serás sempre tu, nessa maravilha de alma pura, povoada de cascatas e de riso de crianças. Gostei, querida.
Um beijo, de muito carinho, em ti.
Carlos