segunda-feira, 12 de março de 2012

Longe de mim...





Tão perto do precipício
Tão longe de mim,
Deixo-me ir
E já não sou eu,
Liberto-me de mim
E (quase) desisto.
Caio n’ outros eu’s
Que já não são meus…
Parto com as aves
Atravesso outros limites,
Conheço outros horizontes,
E sei que já não sou eu
Porque eu,
fui-me perdendo
nos labirintos da vida,
outrora sonhava…
agora,
a realidade
despojou-me dos sonhos,
feriu-me bem lá no fundo
e eu
que já não sou eu
reergui-me,
com a dureza da rocha
com a perseverança do vento
e deixei-me ir,
longe de mim
e mais perto de ti…

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