terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Coração...


Arranquei o meu coração de mim
Não, o quero mais,
Quero viver sem coração
Quero ser fria, dura e egoísta
Quero esquecer que o mundo existe
E só importar-me comigo...
É assim que tantas vezes quero ser
É assim que eu deveria ser
Que eu sou o ser dos seres e os outros
Não existem...
Assim nunca mais me poderão magoar...

Lancei o meu coração ao mar,
Para longe muito longe
Para ele não voltar,
Para ele se esquecer de mim
E fiquei a vê-lo afastar-se
Queria sorrir e chorava
Já não tinha coração...
...eu já tinha morrido...
e o mar ainda me o devolveu...

7 comentários:

Marlene Maravilha disse...

Estou aqui adentrando a tua intimidade e saboreando os teus lindos poemas! Sensíveis e serenos.
Gostei muito. Vou retornar com certeza. Obrigada pela visita no meu blog! Espero-te.
As fotos são de muito bom gosto!
beijos brasileiros

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Olá poetisa.... Grato pela visita... Sinta-se a vontade em fruir dos sentidos lá de casa...

Acalme esse coração cândido.
;)

bjo enorme.


jf p.

Cadinho RoCo disse...

E foi assim que encontrei solto por aí desgarrado coração em busca do seu próprio viver.
Cadinho RoCo

Di disse...

O poema sem dúvida é muito bom.
E revela que a essência da nossa existência advém da necessidade de cuidarmos dos outros, da necessidade de amarmos e de sermos amados.

Beijinhos e obrigada pela visita

Felipe Fanuel disse...

Para "ser" é preciso "não-ser". Eis a dialética de nossa existência. A afirmação depende extremamente da negação. Liga não! Isso é coisa de gente querer arrancar o coração para fora.

A Flor disse...

És mesmo poéta...

Lindo.... mas quase sempre com uma pontinha de tristeza, estarei enganada?!...

Beijoca Florida da Flor