Procuro-me no meio da loucura
Das paredes brancas de cal
No sobressalto incessante
De ser, estar e existir...
Sinto-me a vasculhar
A minha alma rosácea
E encontro as raízes
Do meu ser,
No grito ininterrupto
Do meu sentir
Sem método
Sinto-me emergir
De mim própria
E o corpo abandonado
Sai do lodo
Que se transforma
Em água
E ao longe o mar
Entrecortado pela montanha
Em forma de cotovelo
Que deixa passar
Os últimos raios de sol...
E de novo me procuro
E me encontro...